INDEPENDÊNCIA OU MORTE!

Fotografando nos jardins do Museu do Ipiranga em São Paulo, não demorei a refletir, embora o stress do cotidiano torna quase impossível pensar sobre isto. O fato é que desde de 1822 deixamos de ser colônia de Portugal, a partir do momento em que o Príncipe D.Pedro I recebe a carta do parlamento português pedindo seu retorno e determinando que o Brasil voltasse a ser colônia, e então... as margens do rio Ipiranga, a negativa veio com o grito de Independência ou Morte! Dessa forma, o povo livre pôde ser dono do seu destino. E isto é extremamente importante, Viva 7 de Setembro! Seria necessário uma imagem de impacto para ilustrar o momento glorioso, uma pintura com o artista Pedro Américo de Figueiredo e Mello, resolveria, e foi entregue em 1888. Depois de 137 anos, podemos conferir a obra de Pedro Américo sobre o ato heroico, não estava no momento histórico, mas criou com imaginação e inteligência orgânica, encontrando referencias em outras pinturas da época, adicionando aos personagens, expressão e energia. Uma janela para nossa imaginação. Acredito que um artista, e um fotografo profissional atuam como um maestro que tem a ideia do todo, e se utiliza do potencial de cada instrumento. Como dizia o saudoso Sebastião Salgado: o fotografo é mais seu conteúdo cultural, experiência e conhecimento, do que seu equipamento. Assim sendo, na minha opinião o avanço tecnológico, e recursos da AI ( Inteligência Artificial ), pode ser uma ferramenta a mais na mão do artista para representar um sentimento ou situação real e não a solução final para uma obra autentica.